O venture capital, tipicamente realizado por investidores organizados em pessoa jurídica – tais como bancos ou instituições financeiras -, é uma maneira de investimento em startups com alto potencial de crescimento, assim, é um investimento com capacidade de retorno extremamente alta para o venture capitalist.
Com grandes ganhos, vêm grandes riscos e, por isso, o investidor provavelmente exigirá uma série de direitos e garantias, além do interesse em realizar o investimento o mais rápido possível a fim de gerar liquidez. Assim, separamos alguns insights para esse tipo de investimento, dentre cláusulas essenciais e curiosidades:
- Destinado para escala da startup: o investimento deve ser de acordo com o tamanho e a escalabilidade da startup. É recomendado para startups relativamente consolidadas que precisam expandir a operação;
- Primeira rodada entre 5 a 40 milhões de reais;
- Aporte pode ocorrer via empresa offshore: empresas internacionais podem investir em startups do Brasil. Em 2021, por exemplo, ultrapassou 9 bilhões de reais os investimentos de empresas estrangeiras em startups brasileiras;
- Expectativa de retorno cinco vezes maior ou mais: como exposto acima, é necessário que haja retorno para o investidor e, por isso, é necessário haja projeção de no mínimo cinco vezes de retorno;
- Voto afirmativo;
- Tag along: a faculdade atribuída a uma das partes de vender suas ações nas mesmas condições que a outra parte que venha a vender suas ações para terceiro. É normalmente condicionado a venda de um percentual mínimo de ações ou transferência do controle da sociedade. Pode ser integral ou proporcional;
- Ações preferenciais e pagamento prioritário: ações prioritárias para os investidores com condições estabelecidas de pagamento;
- Put option: gera a obrigação de um dos sócios ou a própria startup a adquirir participação por um preço predeterminado.
Para qual tipo de startup esse investimento é interessante?
O investimento mediante venture capital ou capital de risco é indicado para startups mais consolidadas e operacionais, que necessitem de fluxo de caixa para escalar sua operação, entretanto, cujo em decorrência do risco operacional não seja possível abrir o capital ou pegar empréstimos. A parte negativa de tal tipo de investimento é que há a ausência de alguma espécie de mentoria, muitas vezes necessária para o empreendedor, além das exigências realizadas por este investidor que irá provavelmente influenciar na gestão da companhia.
Desse modo, é importante analisar de forma concreta o porte de sua startup para decidir se tal modalidade de investimento faz sentido, além de levar em conta os pontos acima explicitados por um processo célere e eficiente.